Criadora da marca Genuine Collection Portugal e da Câmara do Comércio da Região das Beiras em Portugal, a empresária portuguesa Ana Correia mostra importância da disciplina e resiliência para a realização dos sonhos.
As mulheres empreendedoras não apenas quebram barreiras, mas inspiram outras a seguirem seus sonhos. Não se trata apenas de construir empresas, mas sobre construir conexões, promover à igualdade e demostrar a força do poder feminino para o crescimento econômico e social.
Ana Maria Nogueira Vaz Correia, 60 anos, é portuguesa, nascida em Fundão, no Distrito de Castelo Branco, mas reside em Estoril.
Licenciada em Gestão, iniciou a trajetória profissional no mundo empresarial e educacional, direcionando para cálculo, gestão e formação de pessoas. Passou por várias organizações, entre elas, SGC_Holding, SIVA e Carlar; Liscont e Sadomar, consultora da Cimpor, MT Consultores e outras.
Por 12 anos, atuou no Departamento do Crime Económico da Polícia Judiciária, além Associação dos Correios e Telecomunicações dos Palop (AICEP), CEO da Its Real.
Atualmente, desenvolve atividades na inovação e na criação de corredores geradores de negócios, além de ser presidente da Câmara do Comércio da Região das Beiras.
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Equilíbrio na vida
Para Ana, um dos maiores desafios na carreira e na vida profissional é a consolidação em um mercado competitivo. Empreender, conforme ela, é um processo com desafios e riscos, porém, com grandes recompensas.
“Encontrar um equilíbrio saudável entre o trabalho e a vida pessoal foi um grande desafio. Depois dos 50 [anos] foi importante desenvolver outras habilidades e, sobretudo se manter atualizada. Na vida pessoal, o maior desafio foi sem dúvida ser mãe”, destaca Ana, que é mãe de adolescente de 16 anos.
A gestora, além de ser presidente da Câmara do Comércio, desenvolveu a marca Genuine Colletion Portugal, onde vende produtos artesanais e que valoriza o patrimônio português, através da sua história.
“Inovar, criar e apresentar um produto em que dignifico o património do país foi o motivo de voltar a me apaixonar pela vida. Iniciei essa exaltação por Portugal, porque sabia e acreditava que o patrimônio deve ir mais além do que o simples retrato da nossa atualidade, afinal, a história e o tempo passado de costumes, identificam cada povo e sociedade”, enfatiza.
Empresária portuguesa Ana Correia diz que a determinação é chave a mudança
Quando a pandemia assolou o mundo, recorda Ana, em um primeiro momento foi um choque. No entanto, encontrou a oportunidade de crescimento e fortalecimento de uma comunidade. Foi aí que nasceu a Câmara do Comércio da Região das Beiras.
“Empreender permitiu seguir os meus próprios sonhos e paixões, permitindo criar algo que é verdadeiramente meu. Permitiu ter autonomia, liberdade de tomar as minhas próprias decisões e definir os meus próprios objetivos e tive a oportunidade de impactar a vida de outras pessoas. Empreender permitiu oferecer maior flexibilidade e equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal”, destaca.
Ana salienta que, empreender pode não ser uma garantia de sucesso financeiro, mas é uma possibilidade de um ganho significativo e o desenvolvimento de um negócio bem sucedido, superando desafios, com criatividade e inovação.
Neste caminho para o desenvolvimento, a empresária lembra que começar um negócio requer de investimento e que esse é o gargalo de muitos empreendedores.
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“Depois de criar a Câmara de Comércio da Região das Beiras, no Centro de Portugal, precisei estar pronta para mudar estratégias e formas de trabalhar. A adaptabilidade e flexibilidade foram, e estão, como os desafios enfrentados. Acredito que manter o foco a longo prazo é essencial para uma gestão eficaz. Ser uma líder com um propósito, transmitir a visão aos colaboradores e usar metas reais para garantir o sucesso são fundamentais para superar esse desafio”, contextualiza.
Começar exige disciplina
O começo de um negócio exige muito: conhecimento, resiliência, determinação, além de fato, saber o que deseja oferecer. Ah! Não podemos deixar de mencionar a curiosidade e a inquietação para vencer.
“Têm que ter muita disciplina para levar adiante os seus sonhos e resiliência com os desafios. Tem que entender que o equilíbrio é tudo, inclusive entre carreira e vida pessoal e, a partir do momento que conjugam estes fatores, acreditar que estão prontas para (re) começar”, sintetiza Ana.
Ana também contribuiu na produção de um livro, uma monografia histórica, que recebeu um prêmio da Academia Portuguesa de História. Além de relatar a experiência dele em outra obra – “Empoderamento feminino” – que tem o objetivo de ajudar as mulheres a ascenderem na sua carreira e a alcançarem a liderança.
Ele será lançado, em Portugal e no Brasil, no início de 2024. Também foi agraciada pela Academia de Filosofia e Ciências Humanísticas Lucentinas com uma Moção de Honra e receberá outra condecoração, em Paris, em 2024.
